quarta-feira, 11 de maio de 2011

Lembro-me de estar almoçando em um restaurante oriental quando, já de saída, pagando a conta, ouço uma conversa paralela que pareceu "interessante". Duas mulheres sentadas na mesa ao lado, o preconceito e a ignorância estampadas em seus rostos, conversavam sobre seus filhos e suas respectivas opiniões. Uma falava que um de seus filhos estava devoto a tal igreja, que outra filha frequentava tal religião e até aí estavam bem satisfeitas; Até que uma delas começou com a máxima: meu filho adolescente está rebelde. Aí eu já senti!  Continuou a mulher: "Tu acredita que ele veio me falar que era ateu?". Não pude ver mas a outra senhora que estava na frente dessa devia ter feito uma cara de espanto. Disse a mulher que indagou o filho se ele sabia o que era ser ateu, e o filho respondeu que não acreditava em nada. Depois disso a mulher começou a falar lições de moral para este rapaz, argumentando que a fé é necessária, que é preciso acreditar em Deus. Nessa parte eu estava quase me intrometendo na conversa, eu não conseguia parar de olhar para a mulher, fitei os olhos dela umas quantas vezes. Graças ao espaguete voador que já estava de saída; se eu tivesse permanecido ali por mais alguns minutos eu teria me intrometido.
Acho formidável quando as pessoas exigem respeito às suas religiões e às suas crenças mas não querem dar o mínimo respeito de aceitar o que os outros pensam. Além de, óbvio, ter a certeza absoluta que algo existe e que é necessário acreditar. Sempre que alguém me fala isso eu pergunto se não é mais que suficiente acreditar em si mesmo e correr atrás dos seus objetivos. Eu não preciso de uma bengala. Sei caminhar com as minhas próprias pernas, sei onde eu quero chegar e sei o caminho que eu tenho que trilhar para conseguir isso. Iluminação divina? Eu acho que não!




                           

Obs: E há pessoas que tem a coragem de dizer que o Brasil é o país onde mais se aceitam crenças diferentes.  Haja paciência!


     

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