Eu praticamente sempre que tento desvendar a ideia de Deus para as outras pessoas me deparo com um simples e inocente exemplo: Papai Noel.
Eu imagino que nem passe pela cabeça das pessoas crentes em Deus e que não acreditam mais no papai Noel esse tal exemplo. Depois de uma breve análise nas memórias infantis, conseguimos extrair o perfil do "papai Noel": homem barbudo (igual a imagem "retratada" de Deus), que ouve e vê tudo o que tu faz (Deus: oniciente, onipresente), tem lições de moral para que tu sejas uma boa pessoa e do contrário tu não receberá um presente (Paraíso / Inferno), nunca ninguém viu ou registrou um momento concreto de algum "encontro" (preciso falar alguma coisa?).
À minha análise, o papai Noel é associado às crianças sendo assim ridicularizado pelos mais velhos; e algo totalmente ao contrário acontece com os adultos - quando são crianças não tem crença alguma, nascemos sem acreditar em nada propriamente dito e ao longo do tempo sofremos uma "pressão social" que começa na família e segue até à escola, aos programas de televisão, às brincadeiras, e isso (tento entender o por quê) se enrosca na essência de quem somos passando a muitas vezes nos acompanhar até a morte. Obviamente algumas pessoas, assim como eu, se desvencilhiam da ideia de Deus tão facilmente quanto à ideia do papai Noel.
Em última instância, a ideia que nos é pregada sobre Deus não é tão sagrada que não possa ser destruída com um simples e inocente exemplo como o papai Noel e cabe somente às pessoas que acreditam nisso, deliberar e fazer uma auto-crítica e uma análise social para saberem se realmente vale a pena passar a diante, às próximas gerações, esse conceito ultrapassado e arcaico de ver o mundo.
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Os dinossauros já habitaram a terra, enquanto os dragões não passam de mitos; porem, ambos foram recriados - o primeiro, pois o segundo foi criado - pelo cinema, representando seres fantásticos. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. As analogias são, na maioria das vezes criadas pelas nossas mentes, que tendem a achar particularidades em coisas não tão iguais....
ResponderExcluirA sua analogia é boa, confesso. É inteligente, prova a sua capacidade de análise, mas não prova a inexistência de Deus, nem do Papai Noel :-)
Acho um conceito arcaico de ver o mundo, o conceito dogmático da igreja, por outro lado, a liberdade de cada um crer ou não em Deus - da forma que achar melhor - , acho um conceito moderno.
Eu poderia dizer aqui também, que o Papai Noel é um simbolo, e como simbolo, não há como provar a sua inexistência, mas aí eu entraria numa viagem muito filosófica, deixa pra lá...
Um abraço...apesar das nossas idéias opostas, saiba que gostei do texto...gosto da sua sinceridade...